Snow White.
1º Capitulo - A Bastarda da Neve.
Na noite do vigésimo
sexto dia de abril de 1999, em plena primavera os flocos de neve começavam a
cair em Londres. Nas ruas da grande cidade, estranhamente quase vazias, um
homem andava com uma pequena criança em seu colo.
A recém-nascida
acomodada no colo do homem, quase não se movia. Sua pele era tão branca e
gélida quanto os estranhos flocos de neve que caiam. Seus olhos, que agora encontravam-se fechados,
eram castanhos mel como os do homem que a carregava.
Depois de certo
tempo o homem chegou ao seu destino, uma grande casa, que estava protegida por
vários guardas. A casa pertencia a uma família nobre, os Danton.
Ele olhou para a criança e disse:
- Me desculpe, não
posso ficar junto a você. Tenho certeza que eles vão cuidar muito bem de você.
O homem se
aproximou de um dos guardas que estava próximo ao portão e então perguntou:
- Charles?
O guarda se virou para
o homem e o olhou espantado:
- Senhor Danton?
Onde esteve? Estão todos preocupados com você, principalmente sua mãe!
- Não há tempo para
explicações, preciso de sua ajuda.
- Do que precisa
senhor?
- Leve essa criança
para minha mãe e entregue essa carta a ela. – o senhor Danton olhou para a
criança – Vai ficar tudo bem minha pequena. Um dia talvez você entenda porque
tenho que deixá-la.
O homem entregou a
criança para Charles e com um último beijo na testa da mesma, foi embora.
Charles obedeceu às
ordens do senhor Danton e levou a criança até a mãe do senhor Danton.
Charles foi até o
escritório da senhora, e bateu na porta. O guarda apenas ouviu à senhora dizer
que poderia entrar, e então entrou no pequeno cômodo.
- Senhora, - falou
Charles – seu filho me pediu para entregar-lhe isso.
A mulher levantou o
olhar, seus olhos transmitiam alegria e esperança.
- Meu filho? Onde
ele está? – falou a mulher se levantando de sua cadeira onde estava sentada. Ela
parecia extremamente agitada, mas sues olhos traziam todo o cansa que sentia, a
pobre mulher não dormia há meses. Nove meses para ser mais exato. Desde o dia
que seu filho havia desaparecido.
- Calma, minha
senhora. Ele não está mais aqui. Já foi embora. – o homem a olhou para a pobre
mulher com pena.
A mulher desabou em
sua cadeira novamente, tirou seus óculos e coçou os olhos.
- Então o que você
quer? – disse a mulher com certo tom de raiva.
- Ele me pediu para
entregar isso a senhora.
A mulher olhou para
o guarda, e viu em seu colo a pequena criança. A senhora levantou-se novamente
e foi até o guarda, pegou a criança no colo e falou:
- O que é isso? –
perguntou olhando para a criança, que ainda dormia tranquilamente.
- Acredito que isso
responda todas suas perguntas – disse o guarda entregando a carta que o senhor
Danton deixara junto à criança.
A mulher pegou a
carta e logo depois pedia para que o guarda chamasse uma de suas criadas.
O guarda assim fez,
e logo depois voltou para o seu posto.
Uma das criadas
chegou ao escritório poucos minutos depois.
A criada ao chegar ao escritório se espantou ao encontrar sua patroa com
um bebê em seus braços.
- Eu quero que leve
essa criança para um dos quartos e que amanhã prepare tudo para a estadia dela.
– falou a patroa entregando à criança a criada.
(...)
15 Anos Depois...
[06h37min]
A garota cresceu
solitária na gigantesca casa, a única pessoa com quem costumava a conversar
todos os dias já havia morrido, seu avô Antônio. Sua avó, Mary, sempre estava
ocupada e nunca tinha tempo para a pequena garota.
A morena encontrava-se
encostada em uma grande árvore com galhos brancos por causa da neve. A garota
vestia uma blusa azul, calças jeans e um fino casaco branco. Em suas mãos havia
um caderno, seu diário.
“
10 Dezembro 2014Querido
Diário,
Eu
não sei mais o que fazer, minha avó anda cada dia mais estranha e agora ela
inventou de me mandar para uma espécie de Acampamento/Escola nós EUA. Depois de
15 anos ela resolveu colocar-me em uma escola? Isso não faz o menor sentido.
Mas enfim estarei indo para lá essa tarde. Ela não quer me dizer o porquê
estarei indo para lá. Acho que ela quer apenas se livrar de mim.
Afinal
quem iria me querer? Nem minha mãe e meu pai me quiseram. Ambos me abandonaram,
tive muita sorte de minha avó me querer, mas agora até ela vai abandonar-me.Eu
sinto tanta falta de Antônio, tenho certeza de que se ele estivesse vivo nunca
deixaria que ela me mandasse para lá.Eu
estou com tanto medo. Não sei como os americanos são. Tenho muito medo de não
saber como agir perto deles.
Queria
tanto que minha vó deixasse pesquisar sobre eles na internet. Mas ela continua
com a não deixar-me usar nenhum aparelho eletrônico.Bom,
tenho que ir. Adelaide, minha nova criada, está me chamando.”
A morena se
levantou e foi em direção ao chamado.
(...)
[20h59min]
“Acabei
de chegar ao hotel onde vamos passar a noite.Minha
avó parece demasiadamente agitada, o que está me irritando muito!Amanhã
iremos sair cedo, minha avó quer que eu chegue ao Acampamento/Escola o mais
rápido possível, assim ela se livra de mim mais cedo.Eu
tenho que dormir, mas não consigo. Estou ansiosa...”
Enquanto a garota
escrevia em seu diário, sua avó andava de um lado para o outro. A senhora
estava extremamente preocupada, ela já deveria ter levado a neta para os EUA há
anos, mas não pode abandona-la, pois, Katterina era a única parenta.
A idosa pegou e leu
mais uma vez a carta que havia sido deixada juntamente com sua neta.
“26
Abril 1999.Querida
Mãe,Desculpe-me
por não pode ficar junto à senhora, no momento não posso ficar junto a ninguém.
Estou em sério perigo e é por esse motivo que peço que cuide de minha filha.
Sei que isso pode te assustar já que nunca me viu junto com uma mulher e nunca
cheguei a casar-me, mas essa garotinha é sim minha filha.
Você
deve estar se perguntando sobre a mãe dela, bom a mãe dela é uma Deusa. Sim,
uma Deusa. Eu não perdi minha cabeça, tenho plena consciência do que estou
escrevendo.Você
tem que acreditar em mim. Os deuses gregos existem e estão andando entre nós. Às
vezes eles têm filhos com mortais, seus filhos são chamados de semideuses.
É
isso que Katterina, minha filha, é. Uma semideusa.Eu
imploro para que cuide de Katterina, pelo menos até os 13 anos, depois disso
você estará pondo sua vida e a dela em risco. Monstros começaram a vir atrás
dela. Quando isso acontecer você devera leva-la para Manhattan o mais rápido
possível. A um local onde ela estará segura, é uma espécie de acampamento, ele
fica na costa norte de Long Island.Por
favor, Mãe, cuide ela. Sei que será uma ótima avó.Adeus,
eu te amo.P.S.:
Nunca a deixe mexer ou ter equipamentos eletrônicos, como telefones e
computadores.”
(...)
[06h00min]
O dia era cinzento
e a neve que caiam na ilha de Manhattan ficava cada vez mais intensa.
Katterina e a
senhora Danton se encontravam dentro de um taxi indo em direção à costa norte
de Long Island.
A garota estava
mais uma vez escrevendo em seu diário, seu único ‘amigo’.
“11
Dezembro 2014. Manhattan é de fato uma cidade muito linda,
pena que eu não posso vê-la melhor. Minha única objeção são os taxistas, não
sei se todos são assim, mas o taxista do carro onde estamos tem um cheiro
grotesco, cujo qual minha avó parece não perceber.Minha
avó acabou disse que em breve chegaremos ao acampamento/escola...”.
No caminho até o
acampamento uma grande tempestade de neve começou, mas mesmo assim o motorista
continuava a dirigir ou pelo menos tentava.
Katterina olhava
pela janela, a tempestade de neve que parecia cada vez mais intensa. O frio
nunca a incomodava, na verdade ela nunca chegava a senti-lo, mas o calor, ele
realmente a incomodava.
Mais para frente da
estrada havia um vulto preto, que com a aproximação do carro, foi tomando a
forma de um homem extremamente alto, de cabelo azul claro. Ele usava apenas uma
regata branca e uma cansa Jens rasgada.
- Pare o carro. –
disse a idosa – Pobre homem. Deixe-o entrar. Deve estar morrendo de frio!
O taxista parou o
carro próximo ao homem e fez um sinal para que ele entrasse.
Katterina quis
protestar, ela sentia algo estranho. Um mau pressentimento sobre o homem. Ela
sentia todos seus sentidos gritarem para que ela fugisse que corresse o mais
rápido possível para o lugar mais longe.
O homem estrou no
carro e uma aura gélida preencheu o carro.
Pela primeira vez
na vida a garota se arrepiou, mas não por causa do frio e sim por causa do medo
que sentia. Algo era extremamente estranho naquele homem, apele dele parecia
que mudava de cor, uma hora era branca, na outra era azul pálido.
O carro voltou a
andar.
- Obrigado, por me
deixar entrar. – assim que o homem abriu a boca uma fina camada de gelo cobriu
tudo o que havia dentro do carro.
A
idosa apenas sorriu e fechou bem o casaco, para que pudesse se esquentar mais.
O
homem juntou suas duas mãos na frente de sua boca e começou a assoprar entre as
duas.
Katterina
só observava cada movimento do estranho homem.
-
O senhor não esta com frio? – perguntou a idosa ao homem. – Esta usando apenas
essa blusa e essa calça nesse frio.
-
Não minha senhora, eu fui criado em meio ao gelo e as nevascas do norte.
De
repente, com um movimento rápido, o homem tirou uma adaga de cristal do bolso
de sua calça e cortou a garganta do motorista.
Katterina
soltou um grito estridente, enquanto sua avó apenas paralisará com a cena
aterrorizante. Mas algo em Katterina fez com que ela agisse. A garota abriu a
porta do carro, pegou a mão da avó e a puxou para fora. O carro ainda estava em
movimento quando o fizeram, mas por sorte tudo estava soterrado por uma grosa
cada de neve.
O
carro continuou a andar, mas logo perdeu o controle e capotou.
As
duas mulheres começaram a correr o mais rápido o possível, para Katterina era
fácil, ela quase não afundava na neve, mas sua avó por outro lado estava o
tempo todo caindo e mal conseguia correr. Katterina a puxava para ajuda-la a
correr mais isso parecia não funcionar.
-
Vovó – disse a garota parando de correr. – Acho que deveríamos parar. Você
parece demasiadamente cansada.
-
Não, ele pode voltar a qualquer momento. – respondeu à senhora, olhava para
todos os lados freneticamente.
-
Ele quem?! O homem que nos atacou? – a garota olhou nos olhos da idosa – Não se
preocupe vovó, mesmo que ele tenha sobrevivido, ele deve estar muito machucado
para vir atrás da gente.
A
senhora colocou suas mão em volta do rosto da morena e disse:
-
Mesmo que ele não venha, pode haver outros. E melhor chegarmos o mais rápido
possível no acampamento. – Katterina assentiu com a cabeça. – Mas eu
agradeceria se fossemos mais devagar.
As
duas mulheres começaram a caminhar.
Logo mais a frente
havia uma floresta, cuja beleza era inexplicável. Ao vê-la Katterina sentiu um
conforto, ela se sentia segura. Mas algo desmanchou esse sentimento, uma aura
gélida, ou melhor, congelante envolveu o ambiente. Todos os sentidos da garota
estavam em alerta máximo.
“Tem algo de errado
aqui! Tem alguém nós observando” – pensou Katterina.
Um grito foi apenas
isso que Katterina ouviu antes de ver sua avó cair no chão com uma adaga
enfiada em suas costas. A garota paralisou, a única coisa que conseguiu fazer
foi cair de joelhos junto ao corpo de sua avó. O queixo da garota tremia, como
o resto de seu corpo.
Uma risada gélida
acabou com o silencio súbito que havia se formado após o grito da senhora.
O estranho homem
estava de pé poucos centímetros da morena.
- Você realmente
achou que poderia fugir de mim, pequena semideusa? – o homem ergueu algo que
parecia ser uma espada de gelo. – Você dará um ótimo jantar! – ele riu mais uma
vez.
Katterina abaixou a
cabeça na espera do golpe final. Mas algo o impediu. A garota olhou para cima e
viu uma menina de cabelos pretos e pele pálida, ela vestia uma roupa branca
neve que se camuflava perfeitamente na neve, lutando com o homem. A menina
portava uma espada e um escudo, ambos de cristal.
Logo o homem caiu e
a menina enfiou a espada em seu peito, então algo estranho aconteceu, o copo do
homem transformou-se em poeira.
A menina foi até
Katterina.
- Está tudo bem? –
a menina olhou para o corpo perto de Katterina e complementou – Pelo menos, fisicamente?
- O que está
acontecendo? – Katterina olhou para a menina a sua frente.
- Venha, vou te
levar para um lugar seguro. – a morena olhou para o corpo de sua avó e depois
para a menina – Não se preocupe, vou pedir para alguém pegar o corpo dela e leva-lo
para dentro do acampamento.
A menina ajudou
Katterina se levantar e as duas foram para dentro da floresta, logo chegaram a
um grande arco de entrada, no topo dele dizia: “Acampamento Meio- Sangue”.
Logo
que entraram algo em cima da cabeça de Katterina começo a brilhar. Um floco de
neve brilhava pálido sobre a cabeça da morena.
A
menina de pele pálida sorriu e ajoelhou-se ao lado de Katterina.
Tão
rápido quanto surgiu o floco de neve desapareceu e a menina levantou-se.
-
Meus parabéns, você acaba de ser reclamada. – falou a menina sorridente. –
Parece que somos irmãs.
-
Como assim? – perguntou a morena confusa.
-
Vou te levar até Quíron, ele ira te explicar melhor. – respondeu a menina.
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Olá, quanto tempo em?
Eu sei que não ando postando muito, ou melhor eu não ando postando nada.
Eu ando super ocupada com a escola técnica e tudo mais. Mas agora eu acho que vou postar mais frequente essa Fic pelo menos.
Essa historia é a mesma que eu ando usando em um site de RPG do Percy Jackson, então espero que gostem.
Beijos e Abraços.
#Brums